Mandem sugestões ou opiniões em meu e-mail: neierasmo@gmail.com
"Deus criou o homem à sua imagem, a imagem de Deus o criou. Homem e Mulher Ele os criou...E Deus viu tudo quanto havia feito, que era muito bom." (Gn 1, 27;31).
Este Blog é um espaço destinado a reflexões sobre o maior dom que o Criador nos deu: A VIDA HUMANA. Sabemos que com o advento da modernidade, a vida humana passou a ser banalizada, sobretudo com as pesquisas referentes à biomedicina, que influencia no despertar de uma ética voltada à vida, trazendo para nós a importância dos estudos da Bioética.


quinta-feira, 19 de agosto de 2010

“AOS HOMENS DE TODOS OS TEMPOS E CULTURAS”

          Deus me quer defendendo e promovendo a vida hoje, num tempo em que a vida não é mais um valor reconhecido como deveria, é banalizada e maltratada... Ele me envia aos homens de todos os tempos e culturas, sobretudo quando estes se recusam a aceitá-lo. Não podemos usar a rejeição que nos dão como justificativa para nos acomodarmos. Nossa ação em favor da vida não pode parar. Cristo, para os homens de seu tempo e de sua cultura, andou na contramão, porque confiou no sonho de Deus para cada um daqueles que nãoJean-Paul Sartre escreveu que a esperança é “uma das forças dominantes das revoluções e insurreições”; citando-o, quero dizer que a esperança ainda é capaz de nos oferecer uma visão diferente do futuro que queremos para a humanidade. O apogeu de humanização ainda está por se construir, e ele pode ser conforme os planos de Deus para nós, aliás o que chamamos progresso e humanização, Deus sonha para nós, chamando de “plenitude”, de “vida em abundância”. Deixemo-nos conduzir pelas moções do “Espírito que habita em nós e que vem em auxílio de nossa fraqueza” (Cf. Rm 8, 26), para sermos plenamente felizes.
          UMA PROPOSTA DE LIBERDADE PARA OS DIAS EM QUE VIVEMOS
          Num documentário de Silvio Tendler (“Um encontro com Milton Santos: o mundo globalizado visto do lado de cá”), Milton Santos diz que ainda “estamos fazendo ensaios do que será a humanidade” e por isso, para que esses “ensaios” se concretizem, ele apresenta seu pensamento como “uma proposta libertária para os dias tumultuados em que vivemos”. Antes, porém, vejamos como ele foi perspicaz, ao apresentar sua visão de mundo.
         Segundo ele, “existem três mundos num só”: o primeiro é o mundo que nos apresentam – e não é este o verdadeiro; este é aquele mostrado pela propaganda, pela TV, pela internet etc. Ou seja, este mundo não passa de uma fantasia, uma fábula; o segundo mundo é o que é, tal como o vemos nas praças, nas ruas, nos presídios, nos hospitais etc. é o mundo no qual realmente vivemos. Ele é o fruto de uma “globalização de perversidade”; e enfim, o terceiro é o mundo como ele pode ser, possível graças a uma “outra globalização”. Como dissemos no início, como vão indo as coisas nos nossos dias, é impossível deixar de verificar que em nenhum outro momento histórico as condições técnicas e científicas favoreceram tanto a promoção da dignidade humana e que, ao contrário do que deveria ser, em nenhum outro momento foram tão pouco usadas para esse fim; ao invés disso, usaram-nas para a perversidade.
          Se Deus me quer defendendo o evangelho da vida hoje, é porque sabe que tenho condições de mudar o mínimo que seja desta horrível realidade. Se não assumirmos uma responsabilidade que é nossa, abriremos espaço para que o processo de evolução destrutiva continue a oprimir, a ser essa “fábrica de perversidade”, nome dado por Milton à globalização usada inconsequentemente. Essa “fábrica” que é capaz de, sempre mais, produzir desemprego de forma crônica, de fazer a pobreza aumentar, de fazer com que a qualidade de vida da classe média caia, de fazer aumentar a fome e diminuir o salário mínimo etc. Esse fruto é concreto. Não podemos permitir que coisas horrendas continuem a serem vistas como “normais e naturais” (“é normal que haja pobres, fome, desemprego...”). “Entre vós não deve ser assim” (Mc 10, 43).
           Devemos devolver ao ser humano e à dignidade do valor de sua vida o lugar que por direito é seu. Nada pode ocupá-lo em seu lugar.
           Lembremo-nos: a técnica e a ciência experimental só constituem um valor em si quando são colocadas a serviço da promoção da vida humana. Toda e qualquer ação só constrói o ser humano na medida em que for realizada de forma adequada. Se uma ação parecer boa, mas não é pautada pela norma ética adequada, ela levará a pessoa humana à destruição.
           Com um pouco mais de boa vontade, guiados pelo Espírito de Deus e movidos pela esperança, somos capazes de mostrar ao mundo o valor que uma única vida tem aos olhos do Criador. Padre Antônio Vieira, num de seus sermões, diz que se pesássemos, colocando num dos pratos de uma balança o mundo e todas as suas riquezas, e no outro uma alma, uma vida humana, a balança acusaria o maior valor à vida de um só ser humano. Deus sabe desse valor, por isso ofereceu como preço do resgate de toda humanidade o sangue de seu único Filho, o qual poderia ser pago com uma só gota de sangue, mas ele quis esgotar-se por nós. Saibamos então não só defender e promover uma cultura da vida, mas saibamos fazê-lo conscientes do valor que temos aos olhos de Deus.

           Enfim, que deixemos de ser somente “um ensaio de humanidade” para efetivarmos o sonho de Deus para nós: sermos plenamente humanos, que tenhamos vida em abundância.
Sebastião Viana Junior (3º FIL)



quarta-feira, 11 de agosto de 2010

DEUS QUER QUE DEFENDAMOS A VIDA





             Há séculos que a humanidade sonha com o progresso e com uma qualidade de vida sem precedentes. Com os meios e recursos tecnológicos de que dispomos hoje, parece que finalmente o apogeu do progresso e da civilização humana chegou. Mas há nisso um paradoxo muito interessante, pois nunca em outro tempo se viu tanto desprezo e descaso pela vida humana. Ora, nossa cultura contemporânea, ao mesmo tempo em que se caracteriza pela ciência e pela técnica, caracteriza-se também pela acentuada promoção da cultura de morte.

Embora reconheçamos que os avanços científicos possibilitem a mudança do mundo em um mundo melhor – seria injusto não fazê-lo –, não podemos omitir que o que têm feito na maior parte das vezes é levar o ser mais importante do Universo à autodestruição. Colocaram nas mãos de uma criança muito pequena uma arma fatal, cuja força é capaz de destruir tanto quanto é de construir; depende do uso que faz as mãos nas quais ela está. O ser humano marcha para a morte. Quando ousaram dizer que para que o homem se realizasse era necessário que Deus morresse, foi então que o homem começou a morrer; quando decretaram a morte de Deus em nome da vida do homem, não sabiam que levavam para a sepultura o ser humano, homem e mulher.
Para que sejam atenuadas consequências desse caos do atual viver humano é necessário que reflitamos profundamente sobre o ser e o agir humanos nos dias hodiernos. A Igreja Católica, defensora e promotora da vida e da dignidade humanas, pode nos auxiliar e orientar, uma vez que “o EVANGELHO DA VIDA está no centro da mensagem de Jesus”. E a Igreja, aliás, o próprio Deus, de cuja plenitude de vida o homem é chamado a participar, espera muito de nós; portanto, não podemos decepcioná-lo. Assim, como é “amorosamente acolhido cada dia pela Igreja, [o EVANGELHO DA VIDA] há de ser fiel e corajosamente anunciado como boa-nova aos homens de todos os tempos e culturas” (João Paulo II, Evangelium vitae, 01).

Sebastião Viana Junior (3º FIL)


Nas Próximas postagens daremos continuidade nessa reflexão com o tema: “AOS HOMENS DE TODOS OS TEMPOS E CULTURAS”.


quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Bioética: Buscando uma definição.

Segundo o dicionário teológico “Lexicon”, Bioética “é a disciplina que estuda as manipulações da vida humana à luz dos princípios morais”. Nesse caso os estudos da Bioética vai se ocupar em refletir moralmente e teologicamente as técnicas de reprodução medicamente assistida, o aborto, a eutanásia e tantos outros temas que se refere à vida do homem.  
Contudo, vale lembrar que o termo “Bioética”, bem como sua problemática, nasceu há pouco tempo, em fins da década de 1970. Seu nascimento aconteceu devido ao desenvolvimento da ciência médica e da evolução das pesquisas científicas.
O interesse primeiro da Bioética é pela ética aplicada na vida, que é “dom maior”. Não é Bioética os preocupantes estudos éticos colocados nas faculdades de medicina como “deontologia médica” e como “problemas jurídicos”. Os médicos anteriores à década de 1970 recebiam como que um código de leis com os princípios de: a) não prejudicar o paciente, b) usar o melhor conhecimento para cuidar deles, c) seguir as convenções comuns. São deveres estabelecidos. “Somente a teologia moral católica, no âmbito do quinto mandamento, desenvolveu, na primeira metade do século passado, uma ‘ética médica’.
Com preocupações exclusivamente com a VIDA e com os valores que preserva a vida, chega-se a um consenso de que a Bioética pode ser definida como ‘ética aplicada à vida’. Isso requer saber o que é Ética. Ética é ciência que está ligada à filosofia; ela é a ciência do bem que estuda o comportamento moral do homem à luz dos bons valores humanos.  

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Temas das proximas postagens


A Igreja tem a dificil tarefa de dar continuidade, no tempo atual, na missão de Jesus Cristo, que veio ao mundo "para que todos tivesse vida, e vida plena". Visto que hoje, os problemas que se refere a vida é preocupante, resolvemos estudar dois temas:

  1. Bioética: uma posivel definição

  2. Que é a " Vida humana".
Com o primeiro tema diremos da importância de uma ética direcionada a vida. Afinal, o que é ética? e no segundo tema diremos especificamente da vida humana, pois a "Bioética" estuda os problemas morais derivados do fato de sermos seres vivos e de vivermos em "intercomunicação" com outros seres que também possui vida. É importante que que saibamos o significado que se dá à palavra "vida".

domingo, 1 de agosto de 2010

"Deixe-me VIVER ..."

      Triste notícia no jornal "folha de S. Paulo" do dia 31 de julho de 2010: "EUA testam célula de embrião em pessoa". Isso significa que o embrião humano, portador de vida e dignidade de pessoa, será destruído por fins terapêuticos. Além dessa destruição que é a de um ser humano, corre-se o risco de os cientistas provocar o surgimento de tumores no paciente que recebera as células-troncos - "oligodendrócitos".
       No jornal se lê: "A verdade é que eu não gostaria de ser um dos pacientes que vão testar o procedimento, diz Carvalho, apontando os riscos." Porém o problema é maior que esse, é um grande problema ético - Quem é o homem para tirar a vida de uma pessoa, seja lá qual for a fase da vida?

        Ainda no jornal, encontramos o procedimento que os cientistas utilizarão para isso: O óvulo fertilizado em uma clinica de reprodução assistida; cindo dias depois ele chega ao estágio do "blastocito". Nesse estágio, o embrião que é uma vida humana com toda a dignidade de pessoa é destruído e as células troncos são removidas".

        A Igreja sempre defendeu a vida, por isso faço um apelo aos leitores para que, professando a fé em Jesus Cristo Ressuscitado, se comprometam em defender a vida desde o seu inicio até o fim natural. Busquemos juntos, conhecer os nossos políticos e não votar naqueles que defendem o aborto e que não são a favor da VIDA. Deus é o autor de toda a vida. É Ele quem dá, é Ele quem deve tirá-la. Que Deus vos abençõe! 
  

sábado, 31 de julho de 2010

O Nascituro: Uma opção pela vida

Quem é o nascituro? O ser humano que está no ventre materno e ainda vai nascer, que tem direito de ser respeitado em sua integridade e já possui dignidade como qualquer pessoa! É este ser que se comemora no dia 08 de outubro, enfatizando o valor da vida humana, frágil e indefesa, desde a sua concepção até o momento maravilhoso de vir à luz. Vida que deve ser amparada, protegida, conduzida ao nascimento, como direito inalienável.
A CNBB recomendou o dia 08 de outubro como o “dia do nascituro” (43ª Assembléia geral – 7 a 15/08/2005), seguindo uma sugestão do Papa João Paulo II, que na sua carta Evangelium vitae (O Evangelho da Vida – nº 85 - de 25 de março de 1995), pediu que “fosse celebrada, todos os anos, nas diversas nações, uma Jornada pela Vida”. Entre outros motivos, a data 08/10 foi escolhida por ser imediatamente anterior ao “Dia das crianças” – dia das crianças nascidas! - que se comemora no dia 12/10. O “Dia do nascituro” fecha a “Semana da vida” (01 a 07/10) e quer ser um momento forte de conscientização sobre o valor da vida humana intra-uterina, insistindo no direito de vir à luz daquele ser humano que foi gerado.
No Dia do Nascituro, portanto, damos um grito positivo pela vida! Exaltamos a maternidade/paternidade responsáveis, a alegria da vida que se forma no útero materno, a felicidade de um nascimento que enche de esperança não só uma família, mas toda a humanidade! Celebramos a maravilha que é a formação da pessoa humana a partir da concepção e falamos de seu sentido e seu valor. E é muito bom gritar em favor da vida e do direito de quem está por nascer!
Contudo, ao nosso lado, infelizmente, muitos gritam pelo aborto, um tipo de morte, um crime contra a vida indefesa. Mata-se o ser humano, em seu início, para trazer paz e felicidade, ou mesmo pelo direito de decisão que cabe à mulher, dando falsamente a entender que o verdadeiro problema de quem gerou é o próprio nascituro! Na maior parte das vezes, pelo aborto, ataca-se o “efeito” preferindo-se não tocar profundamente as “causas” de uma fecundação indesejada. Essa é a hipocrisia do aborto, linha infeliz até de ministros e governantes.
É nesse contexto que situaremos o dia do nascituro = um posicionamento positivo, um sim pela vida intra-uterina. Um agradecimento a Deus pela maravilha da formação do ser humano. Um louvor a cada mãe que, mesmo com riscos e dificuldades (de ordem de saúde, ou econômica ou moral ou ainda familiar) levou sua gravidez até o fim por amor à vida. Um posicionamento claro diante de uma situação tão delicada, pois perante a vida ninguém pode não se posicionar: ou se é a favor ou se é contra!
Como cristãos todos nós gritamos Sim à vida, pois o nosso mestre e Senhor, Jesus Cristo, veio ao mundo como homem “para que todos tivessem VIDA, e vida plena”.


Pe. Marcelo Adriano Cervi
Reitor do seminário diocesano “Nossa Senhora do Carmo”

sexta-feira, 30 de julho de 2010

O Juramento de Hipócrates

    Por ocasião da formatura de um médico, costuma-se proferir publicamente um juramento que possui como pano de fundo, um código de ética que deve nortear as atividades do novo médico. Por isso tenho a alegria de apresentar aos leitores, o juramento de Hipócrates, que foi atualizado em 1948 pela declaração de Genebra por considerar esse juramento, o mais próximo da atual realidade. 
Assim diz o Juramento de Hipócrates:  
   "Eu juro, por Apolo, médico, (...) e tomo por testemunhas todos os deuses e todas as deusas, cumprir, segundo meu poder e minha razão, a promessa que se segue: estimar, tanto quanto a meus pais, aquele que me ensinou esta arte; fazer vida comum e, se necessário for, com ele partilhar meus bens; ter seus filhos por meus próprios irmãos; ensinar-lhes esta arte, se eles tiverem necessidade de aprendê-la, sem remuneração e nem compromisso escrito; fazer participar dos preceitos, das lições e de todo o resto do ensino, meus filhos, os de meu mestre e os discípulos inscritos segundo os regulamentos da profissão, porém, só a estes.
    Aplicarei os regimes para o bem do doente segundo o meu poder e entendimento, nunca para causar dano ou mal a alguém. A ninguém darei por comprazer, nem remédio mortal nem um conselho que induza a perda. Do mesmo modo não darei a nenhuma mulher uma substância abortiva.
Conservarei imaculada minha vida e minha arte. Não praticarei a talha, mesmo sobre um calculoso confirmado; deixarei essa operação aos práticos que disso cuidam. Em toda a casa, aí entrarei para o bem dos doentes, mantendo-me longe de todo o dano voluntário e de toda a sedução sobretudo longe dos prazeres do amor, com as mulheres ou com os homens livres ou escravizados.
    Àquilo que no exercício ou fora do exercício da profissão e no convívio da sociedade, eu tiver visto ou ouvido, que não seja preciso divulgar, eu conservarei inteiramente secreto. Se eu cumprir este juramento com fidelidade, que me seja dado gozar felizmente da vida e da minha profissão, honrado para sempre entre os homens; se eu dele me afastar ou infringir, o contrário aconteça".
     Sugiro que devemos ter em nossa mente e em nosso coração, o maior dos mandamento que Jesus nos ensinou quando os fariseus o interrogou acerca do maior dos mandamento. Jesus, então, deixa claro que é preciso amar a Deus, como dizia a lei. Mas seria preciso cumprir também o amor ao próximo. Essa passagem bíblica de Mt 22, 34 -40, ilumina-nos ainda mais para respeitarmos a pessoa em sua totalidade.   
     

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Questões de Bioética

       A CNBB, no XVI congresso eucarístico nacional, lançou os estudos sobre as "Questões de Bioética" e com isso nos faz lembrar algumas preocupações fundamentais da Igreja Católica. Essas preocupações surgem no Brasil com debates que se iniciou há pouco mais de duas décadas.
       No interior da Igreja, algumas pastorais como a da criança, a da saúde e a da família, sentiram profundamente afetadas devido às questões que envolve a vida humana. A Bioética, aparece para essas pastorais e também para todo o conjunto da Igreja como uma esperança que é capaz de harmonizar as conquistas tecnológicas e cientificas com o respeito necessário pelos valores fundamentais do ser humano.
      "Para a Igreja, toda a vida humana tem um valor fundamentalmente igual. Toda vida humana possui a mesma dignidade. Deste modo, toda a vida humana se faz credorada mesma proteção".
       Com isso devemos lembrar sempre que aqueles que carrega em seu ser o nome de "cristão" são convidados a defender a vida em toda a sua dignidade e se colocar contra todo o tipo de "desvalor" que cada vez mais, vem banalizar a dignidade das pessoas em viver os reais valores, contidos nos Evangelhos e que são capazes de levar à plena felicidade.
Rosinei Erasmo.